Sobre construir seu próprio estilo.

Lembro quando minha filha aprendeu a vestir-se sozinha, com uns 2 anos, e aparecia com os looks mais espetaculosos. Era legging estampada de florzinha com meia arco íris até o joelhinho, camiseta do personagem do momento, um tutu por cima beeem colorido e, claro, algum acessório no cabelinho. Com glitter. E penas.



Lis com 3 anos, amando seu look que super combinava ("Todos tem desenhos, mamãe!")


*quando finalmente comecei a escrever, depois de um bloqueio covarde de não querer me expor, comecei falando da construção do estilo da Lis, e pensando em como faria pra achar essa foto. Pois abri no mesmo dia depois de meses sem entrar lá, um email do FB e adivinha o que estava lá, justamente hoje, nas Lembranças de 4 anos atrás? https://bit.ly/2X5tmPw


Eu sempre deixei, achava graça. Outras mães diziam, com o olhar pesaroso, "Ah eu escolho a roupinha porque senão ela passa vergonha, tadinha!”. Mas então tem que saber já com 3 anos que preto e branco é que é bacana? Que cor forte a gente combina só com neutros? Que marinho vai com vermelho e mais todas essas regras que inventaram e super pegou?
É isso mesmo que a gente quer? Ser mais um na multidão e queremos também que os nossos pequenos se encaixem nesse protótipo batido e aprovado? Não tô aqui querendo começar a revolução das meias arco-íris, mas cês tão entendendo que dá pra achar o nosso caminho no meio desse mar de uniforminhos prontos e ainda assim passar credibilidade?
Teve uma fase em que a Moda vinha e todo mundo usava SÓ aquilo. Tá, ok. Ainda é um pouco assim, mas você não sente que as pessoas têm buscado cada vez mais seu próprio estilo? De vez em quando na rua tem um tenisinho diferentex com saia de tecido fino, ou uma mochila esportiva carregando o laptop do executivo que curte escalada, ou a calça mais curtinha da advogada que investe em cada sapato lindo… 
Achar o que nos pertence naquelas araras infinitas das fast fashion é bem difícil quando a gente não tem foco, ou não sabe bem o que precisa pra se representar verdadeiramente no visual.
E pra que isso é importante? Porque a gente está num planeta cheio de gente fazendo a mesma coisa que a gente. Fornecendo o mesmo serviço, com o mesmo título e cargo, com o currículo parecido. E se precisamos identificar e encontrar clientes que sejam ideais para nosso negócio, e que achem nosso negócio o perfeito para eles? Aqueles que realmente vão nos trazer satisfação, e nos procurar de novo e de novo, e indicar para outras pessoas que compreendam e valorizem a diferença no serviço que prestamos?

Depois de 4 anos, ela continua misturando estampas com muito estilo.
Calma que tem como. Tem várias coisas que dá pra fazer, e pretendo falar mais disso no futuro, mas puxando a brasa pra minha sardinha, vou falar hoje só sobre visual.
O fato é que goste ou não, a aparência comunica mais do que palavras, ali nos primeiros segundos. Dá pra causar impressão divergente e consertar tudo no papo, claro que dá! Mas quem quer arriscar que vai ter essa chance? Isso nem sou eu que tô dizendo. Teve gente que já estudou e comprovou que a aparência e linguagem corporal conta 55% na primeira impressão e o que falamos conta “só" 7%. Tá bom pra você? Põe aí no google: Fórmula Mehrabian e veja por si o quanto importa causar uma impressão adequada já de cara, na primeira oportunidade.

Quando as pessoas me procuram para ajudar com as roupas delas, a reclamação é quase sempre a mesma: me acho muito básicx. Não consigo montar meus looks de um jeito que pareça que sou eu. Porque tô igual a todo mundo. 
Mas claro, né gente? Dureza saber quem a gente é no meio desse monte de ofertas, de moda que chega a cada semana. Também tem a blusa de babado que ficou linda na sua amiga e tá lá pendurada no seu armário ainda com etiqueta. Ela é romântica, suave e fofa, você é prática e direta. Nada a ver com o babado. 
Ou naquela camisetinha básica em laranja que você viu na menina caminhando na praia, mas que te deixa muito pálida. Ela deve ter subtom de pele quente, você dever ter frio, com mais pigmento azul do que amarelo na sua pele (isso de cor a gente fala mais pra frente que é legal demais!) Ou no jeans skinny que todo mundo tem mas que você usa com sapatilha e camisetinha e não te deixa com aquela aparência que você esperava. Te deixa assim, hmmm, tipo todo mundo! É ou não é? 
O que fazer então?
Experimentar, minha gente! Conhecer-se. Perder o medo. 
Eu tenho ferramentas legais que ajudam a trazer de dentro pra fora quem você quer mostrar, quem você é e como quer ser vistx. Não é legal pra caramba?
Tenho trabalhado com quem me procura de um jeito em que buscamos a essência de cada um e daí sim vamos pro guarda-roupa, que não precisa ter camisa branca/calça preta/escarpim coisa nenhuma! Tem é que ter você lá, sua cara, seu jeito, sua imagem bem do jeitinho que você é.

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